segunda-feira, fevereiro 23, 2015

Crise Administrativa - CAMILO TENTA REFORÇAR SEU GOVERNO

Governador Camilo Santana: reforma será apreciada
A mensagem 7.719 do governo estadual, que trata da reforma administrativa, é a tentativa do Palácio da Abolição de reforçar o núcleo duro da gestão, composto pelos aliados mais próximos não só de Camilo Santana (PT), mas também do clã Ferreira Gomes, principal fiador de sua gestão.
O resultado esperado é o ganho de musculatura do chefe da Casa Civil, Alexandre Figueiredo. Indicado pela cota pessoal do governador, sua secretaria passará a ser responsável por dois dos equipamentos esportivos mais importantes do Estado: a Arena Castelão e o Centro de Formação Olímpica, ainda em construção. Esse rearranjo está na base da renúncia do deputado David Durand (PRB) ao comando da Secretaria do Esporte.
Outro ponto sensível da reforma é a saída da Fundação Cearense de Meteorologia (Funceme) da esfera da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, comandada por Inácio Arruda (PCdoB), para a da Secretaria dos Recursos Hídricos, dirigida pelo ex-ministro da Integração Nacional Francisco Teixeira. Alçado ao posto em Brasília pelo agora ministro da Educação Cid Gomes (Pros), Teixeira é da cota dos Ferreira Gomes, que ganha força extra com a ida do Detran e do Metrofor para a Secretaria das Cidades, chefiada pelo deputado estadual licenciado Ivo Gomes (Pros) - o irmão do ex-governador Cid deve disputar a Prefeitura de Sobral em 2016. Com a mudança, os dois órgãos aumentam as receitas sob controle de Ivo. 

Assembleia
Apesar de o líder do governo Evandro Leitão (PDT) ter apostado em uma aprovação tranquila da reforma, a resistência por parte da oposição ao projeto tem sido grande.  

Durante a semana passada, foram pedidas a suspensão da tramitação do projeto, a espera de estudos de impacto financeiro e a convocação do secretário de Planejamento Hugo Figueiredo para prestar esclarecimento aos parlamentares.

Mesmo com ampla maioria do governo na Casa, a oposição tem se mostrado disposta a inviabilizar o projeto. E a renúncia de Durand, que criticou a medida, pode colocar ainda mais fogo na discussão da reforma administrativa.
Fonte: O Povo

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