A presidente Dilma Rousseff aceitou os apelos do seu antecessor Luiz
Inácio Lula da Silva para mudar a agenda negativa do Governo Federal e
neutralizar o desgaste da administração diante das denúncias de
corrupção na Petrobras, das medidas antipáticas nas áreas
previdenciária, trabalhista e social (mudanças no seguro desemprego,
pensão por morte, etc). A estratégia de Dilma será ir às ruas para
defender o Governo, como propôs o ex-presidente Lula.
A nova agenda da presidente Dilma, a ser implantada a partir do mês
de março, foi um dos temas da longa reunião, nessa quarta-feira, com
seis ministros que integram a coordenação política do governo no Palácio
da Alvorada. O encontro traçou, também, ações para enfrentar à
resistência ao Pacote fiscal, discussão sobre medidas de combate à
corrupção e a estratégia para tentar evitar a derrubada do veto no
projeto que reajusta o imposto de renda em 6.5% também foram discutidos.
Uma das ideias do governo é adiar a votação do IR, que está prevista
para a semana que vem. Empurrando a votação para março, o Planalto
poderá ganhar tempo para tentar um acordo para que a correção seja de um
índice menor. O ideal para o Planalto, que tenta se reaproximar da base
aliada, é manter o reajuste atual de 4,5%.
Dilma quer ainda reforçar a chamada “agenda positiva”, na tentativa
de reverter o clima de animosidade com o Congresso e com os agentes
econômicos. A avaliação é que as sucessivas derrotas impostas pelos
parlamentares ajudaram a derrubar a avaliação do governo. Há um
pessimismo com a economia, apesar dos esforços e contatos feitos pelos
ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa.
A reunião da presidente contou com a presença dos ministros da Casa
Civil (Aloízio Mercadant), da Defesa (Jaques Wagne), das Relações
Institucionais (Pepe Vargas), da Secretaria Geral ( Miguel Rossetto), da
Justiça (José Eduardo Cardozo), e das Comunicações (Ricardo Berzoini).
Dilma quer acertar com seus ministros a condução dos trabalhos no
Congresso, a partir da semana que vem, para tentar barrar votações
consideradas problemáticas. O ministro Pepe Vargas já agendou reuniões
para a próxima terça-feira com os lideres da base da Câmara e do Senado.
Acompanharão Pepe os ministros Carlos Gabas, da Previdência, e Manoel
Dias, do Trabalho, além de Nelson Barbosa e Rossetto.
O objetivo do encontro é basicamente defender mudanças nos benefícios
trabalhistas e alegar que elas são “imprescindíveis” para preservar os
programas sociais. No mesmo dia está agendada uma sessão do Congresso
para analisar os vetos presidenciais, entre eles o do Imposto de Renda.
Fonte: CearaAgora.com
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