segunda-feira, fevereiro 16, 2015

Entenda: PALAVRA CARNAVAL VEM DE CARNE

A palavra incontornável da semana, “carnaval”, tem a ver com carne? Claro que tem, mas as aparências enganam.
Em vez da carne humana que desfila pelas ruas em plena folia, desinibida e seminua, estamos falando da carne de animais – literalmente – comestíveis. E em vez de licença e permissividade, a palavra em sua origem traduzia o oposto: interdição, veto.
Interdição? Veto? Pois é: às vezes a história das palavras lembra o “Samba do crioulo doido” de Stanislaw Ponte Preta, mas no fim tudo se explica.

Ou quase tudo.

A palavra foi importada no século XVI do italiano carnevale, derivada, segundo a maioria dos filólogos, da expressão latina carnem levare, que significa suspender a carne, dar adeus a ela, afastar-se dela.

“Carnaval” referia-se inicialmente apenas à Terça-Feira Gorda, véspera da Quarta de Cinzas, quando começa a Quaresma, que uma tradição católica (um tanto esquecida hoje) mandava consagrar inteiramente ao jejum – a hora, portanto, de suspender o consumo de carne.

Sim, é óbvio que, por trás da aparente severidade, a ideia de excesso já acompanhava a palavra em seu nascimento: nas últimas horas antes da interdição da carne, abusava-se de seu consumo.
Fonte: Veja.com

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