O bloco formado na semana passada em apoio a Maia reúne onze partidos — PT, PSL, MDB, PSB, PSDB, DEM, PDT, Cidadania, PV, PC do B e Rede. O nome de Baleia Rossi teve o aval de todas as legendas.
Considerado por Bolsonaro o seu principal adversário no Congresso, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) foi o principal articulador da construção da candidatura de Baleia Rossi. Ele conseguiu reunir na aliança partidos de centro, como DEM, PSDB e MDB, e de centro-esquerda. Essa aliança certamente não se repetirá no primeiro turno das próximas eleições presidenciais, mas é um indicativo de de que, num eventual segundo turno daqui a dois anos, Bolsonaro pode ter de enfrentar novamente o mesmo grupo. Em fevereiro de 2021, quando os congressistas escolherão seus novos comandantes, será jogada a preliminar da corrida ao Palácio do Planalto.
APOIO DO PT
Até o início desta semana, setores importantes do PT não aceitavam apoiar o deputado Baleia Rossi, presidente do MDB, para o comando da Câmara dos Deputados. Dilma Rousseff e o deputado Arlindo Chinaglia (SP), por exemplo, lembravam que o MDB comandou a ofensiva pelo impeachment da então presidente, a fim de substituí-la por Michel Temer. Os emedebistas seriam algozes, adversários, conspiradores e como tal, deveriam ser tratados. Esse argumento, que tem os pés num passado recente, foi preterido por outro, que vislumbra no horizonte a sucessão presidencial de 2022.
Por ampla maioria, a bancada petista na Câmara decidiu se unir a Rossi com o objetivo de derrotar o candidato do presidente Jair Bolsonaro na disputa, o deputado Arthur Lira, líder do PP e do Centrão. Outro motivo da decisão, que também tem como pano de fundo a próxima sucessão presidencial, foi o fato de partidos de esquerda, como PDT e PSB, terem anunciado apoio ao emedebista.
As legendas que apoiam Baleia Rossi tem 280 deputados, número suficiente para eleger o novo presidente da Câmara. O desafio do líder do MDB é evitar traições durante a votação, que é secreta e está marcada para fevereiro.
Com informações da Revista Veja
É como já dizia o ex-Governador Gonzaga Mota: Em politica não existe Retrovisor.
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