segunda-feira, dezembro 28, 2020

O CONSOLIDADO PODER ELEITORAL DA SECRETARIA DE SAÚDE DE IPU

O enfermeiro e Secretário de Saúde, Glaidson Martins (PSB), foi eleito vereador com sonoros 1.505 votos, surpreendendo e sendo o segundo mais votado desse pleito de 2020. 

Antes até cotado para ser o candidato a Prefeito pelo grupo de situação, o agora secretário licenciado, ao final, se tornou o puxador de votos do PSB (sigla também também controlada pelos Irmãos Rufinos) ao pleitear uma cadeira no Legislativo local. Glaidson chegou a superar até o irmão do prefeito Prefeito Sérgio Rufino (Zeca Rufino – 1410 votos) e seu sobrinho (Moreira Filho – 1.080 votos), acendendo de vez a luz amarela do pragmatismo eleitoral do chefe do executivo local para a sua “terceira gestão” que se inicia em janeiro próximo, fazendo-o projetar um já peculiar controle familiar mais direto também sobre os cargos estratégicos da saúde municipal. 

PREFEITURA PARALELA 

Apesar de Glaidson ser um profissional reconhecido por sua competência, simplicidade e ter muitas conexões familiares no município, sua plausível votação mostrou, efetivamente, o peso eleitoral que a Secretaria de Saúde de Ipu atingiu nos últimos anos, sobretudo com seu gordo e crescente orçamento, verbas parlamentares e vários equipamentos de atendimento como é o caso do Hospital Municipal (“Regional”). 

A pasta da saúde virou uma espécie de "mini prefeitura". Lá também é um território bastante frequentado pelos vereadores e suplentes situacionistas com suas práticas assistencialistas junto aos seus eleitores. Dizer que a Secretaria de Saúde é monopólio de um candidato, considerando como sempre se fez política em Ipu, é um erro. Mas se percebeu claramente em quem a "linha de frente" das centenas de profissionais da saúde depositou sua confiança nas urnas ipuenses para lhes teoricamente representar no Poder Legislativo. 

"Ocupar o comando da Secretaria dá vitrine e influência, ainda mais para quem tem a equipe nas mãos como é o caso de Glaidson" - assim nos disse uma profissional que há vários anos trabalha com o enfermeiro. 

FAMÍLIA NO COMANDO 

Com um orçamento de mais de Trina e Um Milhões de Reais (R$ 31.232.351,00) previsto para ser executado em 2021, não esquecendo dos outros Milhões de Reais que continuarão vindo para o combate a Covid-19 em Ipu – nesse ano já entraram para o município quase Cinco Milhões de Reais (R$ 4.728.737, 53), a Secretaria de Saúde com o Fundo Municipal de Saúde deverá, a partir de janeiro, ter uma gestão in loco de membros da Família Rufino. 

Assim como já acontece com a abastarda Secretaria de Educação (com orçamento de R$ 44.387.374,00 para esse ano de 2020) que é ocupada pela professora Terezinha Rufino desde a primeira gestão do seu irmão, é esperado que a partir de janeiro a Secretaria de Saúde e a direção administrativa do Hospital Municipal fiquem sobre a tutela de membros do clã familiar que comanda o Ipu desde 2013.  

Acredita-se que uma sobrinha do prefeito, isso com formação acadêmica na área da saúde, assuma a Secretaria ao lado do tio, Tião Rufino, que pode comandar a parte administrativa do movimentado e epicentral Hospital "Regional" Dr. José Evangelista de Oliveira. Essa possibilidade pode até ter uma ordem invertida, com as devidas portarias de nomeações sendo algo meramente formal.

Tudo previsível e em casa, como assim concordaram 58% dos ipuenses nas urnas no último 15 de novembro. 

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