Além das redes sociais e blogs da região, o meio radiofônico local, através dos programas jornalísticos Fatos em Debate (Rádio FM Cidade) e Jornal do Meio Dia (Rádio Iracema AM), também deram destaque ao fato em suas respectivas edições de hoje.
Esse episódio traz reflexos na política ipuense, vejamos:
MUDANÇA NA CÂMARA MUNICIPAL
Segundo os operadores do direito por mim consultados, devido a robustez e consistência das provas, o vereador Evaldo Gomes terá grandes dificuldades em tentar manter o seu novo mandato. Apesar de ter o amplo direito de defesa e poder recorrer para outras instâncias, casos análogos nos últimos anos, sempre resultam em perda de mandato. Nesse sentido, o edil do PCdoB poderia postergar a sua cassação por alguns meses, mas não necessariamente evitá-la.
Consumada essa possibilidade, os votos da legenda PCdoB seriam diminuídos em 1.089. Com isso, quociente eleitoral seria recalculado e o vereador de oposição, Genêso Mororó (PSD), assumiria uma cadeira no legislativo aumentando assim para três o número de vereadores de oposição.
O DESCRÉDITO DO DISCURSO DE MORALIDADE
O documento do MP não expõe apenas uma denúncia de abuso do poder econômico e político na captação ilegal de votos feita por Evaldo Gomes. Percebe-se também a sua conexão com outros políticos da cidade e, em especial, com o uso da máquina pública para fins eleitoreiros. Entre as várias conversas de Whatsap, por exemplo, umas mostram como o maquinário de obras da Prefeitura é utilizado pelos subordinados do prefeito Sérgio Rufino (PCdoB) para cooptação ilícita de votos. Portanto, uma prática imoral que não distingue a gestão dos Irmãos Rufinos daquilo que o Ipu viveu em outras administrações. Usar a máquina pública para fins eleitoreiros e apadrinhamentos políticos é crime e desrespeito ao cidadão ipuense pagador de impostos.
Evaldo é o Líder do Prefeito na Câmara Municipal, portanto o responsável pela defesa de uma gestão que tem teoricamente a bandeira da transparência e honestidade no trato com a coisa pública.
O COMPORTAMENTO DOS LÍDERES DE OPOSIÇÃO
O eleitorado de oposição vive uma forte expectativa que aconteça um pedido de impugnação contra o candidato eleito Robério Rufino (PCdoB). Para muitos, com base nas conversas rastreadas pelo MP, existem fortes indícios do uso da máquina pública que beneficiaram o candidato eleito e apoiado pelo prefeito de Ipu, caracterizando assim o também abuso do poder econômico e político.
Há uma expectativa que Diego Carlos (PDT), o teórico líder da oposição com seus 8.881 votos nas últimas eleições, assuma efetivamente o protagonismo da oposição liderando uma cruzada junto ao Poder Judiciário - isso com um bom corpo de advogados, e busque provocar a anulação das últimas eleições municipais para prefeito. Porém, pairam ainda muitas desconfianças em meio ao já comum “desaparecimento” de Diego Carlos no pós eleições e a suas relação politicamente cordial com a gestão dos Irmãos Rufinos.
Enquanto Diego Carlos está reticente, o advogado Carlos Eduardo (PROS), o qual teve 961 votos nas últimas eleições para Prefeito, já demarcou território e prontamente já disse na imprensa radiofônica local que está analisando como poderá entrar nos próximos dias com uma ação eleitoral com vistas a nulidade no pleito ipuense passado. A atitude do "Dr. Cadú" foi muito bem recebida por eleitores até do candidato do PDT.
Essa é uma boa novela que está apenas começando. E como toda boa novela com seus heróis e os vilões, a justiça e a verdade sempre triunfam ao final.
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