sexta-feira, março 19, 2021

NO IPU, QUESTIONAR APLICAÇÃO DE VERBAS PÚBLICAS NÃO PODE?


Homens públicos, sobretudo aqueles que ocupam funções em cargos públicos quer sejam eleitos ou nomeados, precisam serem “alfabetizados” para compreenderem o significado da palavra DEMOCRACIA. Nesse meu raciocínio aqui se encaixam o “prefeito” de Ipu, Sérgio Rufino, e o seu secretário Raimundo José Aragão. O episódio aqui narrado, em pleno século XXI, até parece uma tentativa de remake da épica novela global o BEM AMADO, a qual expôs as vísceras de um Brasil herdeiro das deprimentes estruturas oligárquicas.

Observemos a sequência dos fatos:

CENA 01 (do exercício da cidadania e do direito de expressão): Vivemos em uma grave Pandemia em sua segunda onda e os munícipes de Ipu, sobretudo os grupos sociais vulneráveis e os mais afetados com os decretos de isolamento social do governo local e estadual, precisam de ações do Poder Executivo no sentido de amenizar os graves efeitos socioeconômicos. Nesse cenário, Sérgio Rufino se mostra indiferente e vive a divulgar efusivamente em redes sociais uma agenda de realizações municipais, as quais são importantes, mas que soam em um sentido contraditório nesse momento de dor e de dificuldade de inúmeros pais de família ipuenses. Esse disparate pode ser medido pela compra de 610 mil reais em brinquedos em meio a uma verba, segundo o próprio Rufino, advinda de uma emenda parlamentar adquirida há três anos atrás (2019). Na FM Cidade, no programa Fatos em Debate na última sexta (12), fiz uma narrativa para os ouvintes sobre essa discrepância em meio a pouquíssima vocação social da Família Rufino que controla politicamente a cidade desde 2013. Em nenhum momento condenei a aquisição de verbas ou equipamentos para o município, apenas fiz uma exposição de contraponto daquilo que deveria ser o foco dos nossos gestores. 

CENA 02 (a insensatez de um servidor público): A nossa abordagem radiofônica em muito repercutiu nas redes sociais e, ao que tudo indica, acuou um dos secretários do Paço Municipal; no caso, o Senhor Raimundo José Aragão (Secretário de Finanças). O mesmo, refletindo o "fino" trato dos seus chefes políticos, foi a uma rede social atacar e desqualificar aqueles que ousavam questionar a “verba dos brinquedos”.    

CENA 03 (da soberba de um Oligarca): Sérgio Rufino, por sua vez, usou o rádio para também atacar aqueles que ousavam questionar a “verba dos brinquedos”. O chefe do clã Rufino, o qual se desequilibra quando é contestado de maneira incisiva (não esqueçam que já classificou de “vagabundo” quem da imprensa contesta os seus atos), ironicamente mandou jocosamente que os seus opositores fossem estudar contabilidade antes de questionar a aplicação das verbas por ele adquiridas. 

CENA 04: (Candidato a um "BEM AMADO”) A comunidade ipuense deve sim não se intimidar e continuar exigindo dos seus governantes TRANSPARÊNCIA e COMUNICAÇÃO pública no trato do dinheiro dos nossos impostos e na aplicação do mesmo. O fazendeiro Sérgio Rufino pode até querer ser um novo Coronel Odorico Paraguaçu, mas falta-lhe carisma e dotes intelectuais mais refinados como assim possuía o épico personagem do dramaturgo  Dias Gomes. 

Os ipuenses conscientes da sua cidadania, não podem aceitarem serem tratados como gado. O Ipu não é Sucupira, embora tenhamos um candidato incidental a Odorico já com um Dirceu Borboleta estupidamente piorado e adaptado para lhe defender com baixarias nas inevitáveis redes sociais. 

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