O capítulo da História Política de Ipu referente as eleições municipais de 2024 já está sendo escrito neste início de 2021. As peças no tabuleiro político, sobretudo no grupo de oposição, estão em intensa movimentação desde janeiro último. A oposição, a qual teoricamente obteve 42% dos votos dos ipuenses na eleição municipal passada, convive agora já com dois protagonistas: Diego Carlos (PDT) e o debutante Lindbergh Marins (PSD).
DIEGO
O herdeiro político da Família Carlos, tem dado sinais claros que não irá mais “abandonar” seus eleitores e só reaparecer em ano de eleição. Diego tem estado mais presente em Ipu, visitando lideranças e buscando junto ao seu escudeiro, Deputado Sérgio Aguiar (PDT), viabilizar obras para a região sertaneja. Embora continue mantendo a sua linha moderada de não se confrontar com o grupo de situação liderado pelo “prefeito” Sérgio Rufino (PCdoB) e de contar mais com uma comunicação radiofônica direta com seus correligionários, o filho do histórico líder Zezé Carlos, está mais proativo, sobretudo depois de ter sido muito cobrado pelos seus teóricos 8.881 eleitores do pleito passado. Diego agora não tem mais o ex-prefeito Sávio Pontes como sua sombra na referência da oposição ipuense, mas sabe ele que internamente um novo protagonista surge e busca ocupar (seu) espaço na órbita anti-Rufinista. A luz amarela está acessa para os membros do PDT de Ipu.
LINDBERGH
O ipuense e prefeito reeleito de Jijoca de Jericoacoara, está aos poucos estruturando um grupo político, em um primeiro momento, para as eleições de deputado do próximo ano. Por base, Lindbergh já conta com a estrutura política e de comunicação dos Martins de Nonato. Seu primo, o vereador Nonato Martins Filho (PROS), tem feito o papel de articulador e já andou cooptando lideranças advindas do PDT (o suplente de vereador Fábio Freire e o ativista Siderlandio Amarantes) e Ronaldo “Fenômeno” que obteve quase 200 votos no pleito passado para vereador. Para muitos, são nomes não muito expressivos na política, mas é bom lembrarmos que em política só existe matematicamente uma operação: somar.
NA RETRANCA
Por enquanto, os dois postulantes fazem um jogo defensivo ao demarcarem território, embora Lindbergh tenha dado, como aqui expomos, um incômodo desfalque no grupo de Diego Carlos.
Resta saber qual dos dois será capaz de fazer a proeza de cooptar lideranças advindas da órbita política do Clã dos Rufinos? Ambos sabem que quem sair melhor nas eleições do próximo ano terá maior poder de barganha em 2024.
Diego e Lindbergh não são meninos na política interiorana e, ao mesmo tempo, sabem que eleição para Deputado é bem diferente de uma eleição para Prefeito, pois não é tecnicamente uma eleição plebiscitária. Existem muitas boas lideranças que precisam serem conversadas como os ex-vereadores Elisafran Mororó e Genêso Mororó, antes que estes acabem indo para uma outra frente eleitoral.
Por fim, sem grupo não há trabalho. Sem trabalho, não há voto. Segue o jogo.
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