quinta-feira, outubro 08, 2015

No Congresso - PARLAMENTARES PEDEM A CASSAÇÃO DE CUNHA

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou, em entrevista, que não existe "nenhuma hipótese" de renunciar ao cargo ( Foto: Agência Brasil )
Brasília Um grupo de 29 deputados de seis partidos entregou, ontem, uma representação na Corregedoria da Câmara contra o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por suposta quebra de decoro. Eles alegam que há contradição entre as declarações dadas por Cunha em março, na CPI da Petrobras, e as informações do Ministério Público da Suíça, que aponta contas do peemedebista no exterior.
Agora, a Corregedoria precisa encaminhar o pedido ao presidente da Câmara, no caso, o denunciado. Ele deve enviá-lo à Mesa da Casa para que haja um parecer que permita a instauração de um processo de cassação de mandato no Conselho de Ética, da Câmara.
Pelo código da Corregedoria, Cunha pode ou não se declarar impedido e passar a avaliação ao vice-presidente, o deputado Waldir Maranhão (PP-MA). Maranhão é aliado do peemedebista e também tem suposto envolvimento na Operação Lava-Jato.
Em 12 de março deste ano, Eduardo Cunha foi voluntariamente à Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga o esquema de corrupção da Petrobras. "Não tenho qualquer tipo de conta em qualquer lugar que não seja a conta que está declarada no meu imposto de renda", afirmou à época. Em sua declaração de bens à Justiça Eleitoral para disputar as eleições de 2014, Cunha disse ter apenas uma conta no banco Itaú.
"As referidas contas jamais foram declaradas no Imposto de Renda do parlamentar, tampouco constam de sua prestação de contas junto ao TSE. Mais do que isso, em várias oportunidades, perante seus pares e a imprensa, o presidente da Casa negou possuir contas no exterior", diz o documento.
Assinam a peça 16 petistas, cinco deputados do PSOL, três da Rede, dois do PSB, um do PPS e um do PMDB de Cunha - o ex-governador de Pernambuco Jarbas Vasconcelos. Também assina a representação o deputado Cabo Daciolo, que era do PSOL e hoje está sem partido.
O presidente da Câmara, por sua vez, afirmou, em entrevista, que não existe "nenhuma hipótese" de renunciar ao cargo.
Supremo
Ontem, o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou decisão do ministro Teori Zavascki e negou pedido de Eduardo Cunha para retirar da Justiça Federal do Paraná a ação em que o deputado é citado.
Em depoimento no curso do processo, o lobista Júlio Camargo relatou pagamento de US$ 5 milhões ao peemedebista.
Fonte DN

Nenhum comentário: