A inflação registrada em setembro é a maior para o mês desde 1994, início do Plano Real, quando o índice foi de 1,53%. A alta do mês foi generalizada, com aumento em oito das nove categorias de preço pesquisadas. A alta dela corrói o poder de compra da população, que rapidamente é afetada à medida que o arroz, a carne, o tomate, o botijão de gás, a energia elétrica e o transporte passam a devorar parcelas cada vez maiores dos seus vencimentos.
DESPENAS DE CASA (HABITAÇÃO)
Os grupos habitação, transporte e alimentação e bebidas contribuíram com cerca de 86% do resultado de setembro. Os demais ficaram entre a queda de 0,01% em educação e a alta de 0,90% em artigos de residência. Desses, a maior foi em habitação, que acelerou 2,56%. Nos itens que compõe esse grupo estão a energia elétrica, com alta de 6,47%, acumulando alta de 28,82% em doze meses”. Há ainda os reajustes aplicados pelas distribuidoras. Com isso, o preço para o consumidor final tem aumentado a cada mês. Já foram 16 altas consecutivas. Em 12 meses, o gás acumula aumentos de 34,67%”.
COMBUSTÍVEIS
Outro grupo que pressionou os preços foram os transportes (1,82%). Mais uma vez, a alta ocorre por conta dos combustíveis, que subiram 2,43%, influenciados, pela gasolina (2,32%) e o etanol (3,79%). Em 12 meses, a gasolina já aumentou 39,60% e o etanol, 64,77%. Também subiram no mês o gás veicular (0,68%) e o óleo diesel (0,67%).
ALIMENTOS
Alimentação e bebidas (1,02%) tiveram uma leve desaceleração em relação a agosto (1,39%) por conta do recuo das carnes (-0,21%), após 7 meses consecutivos de alta, que acabou puxando a alimentação no domicílio para baixo (1,19%), frente ao resultado de 1,63% no mês anterior. Essa queda das carnes pode estar relacionada à redução das exportações para a China.
Também recuaram os preços da cebola (-6,43%), do pão francês (-2,00%) e do arroz (-0,97%). No caso do pão francês, tivemos uma redução no preço do trigo no mercado internacional, o que pode ter impactado nesse resultado.
Por outro lado, o IPCA continua registrando altas expressivas na alimentação dentro do domicílio. É o caso das frutas (5,39%), que contribuíram com 0,05 ponto percentual no índice de setembro, do café moído (5,50%), do frango inteiro (4,50%) e do frango em pedaços (4,42%). O frango tem subido bastante por conta da alta do custo da ração animal. Ele também é impactado pela alta da energia elétrica. Por ser um substituto das carnes, o preço do frango costuma subir com a maior demanda. Também aumentaram em setembro os preços da batata-doce (20,02%), da batata-inglesa (6,33%), do tomate (5,69%) e do queijo (2,89%).
Fonte: Veja
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