Wagner Rosário também afirmou “não ter dúvida” de que há corrupção na compra de tratores pelo governo via orçamento secreto, caso que ficou conhecido como “tratoraço”.
“Sobre vendas de emendas, estamos investigando vários casos porque já fazemos esse trabalho em convênios em geral. Porque não é só trator, tem várias outras coisas acontecendo fruto de convênios no Brasil em diversos outros órgãos e estamos com trabalho bastante forte nisso, em parceria com a PF, e todos nós vamos ficar sabendo no dia da deflagração de operação e também no desencadeamento dos trabalhos.”
De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, uma das suspeitas é de que parlamentares cobram de 10% a 20% sobre o valor da emenda em troca da indicação de recursos para uma determinada prefeitura. A quantia seria paga por empreiteiras interessadas nas obras ou pelos próprios agentes públicos.
As investigações cercam, sobretudo, emendas enviadas por deputados e senadores para cidades fora do seus redutos eleitorais, até em outros Estados. Em maio, afirma ainda o jornal, R$ 181 milhões foram destinadas desta maneira.
Segundo Rosário, além das emendas de relator, outra modalidade de distribuição de recursos do Orçamento que será alvo das investigações é a chamada transferência especial. Trata-se de uma espécie de “emenda cheque em branco”, pela qual deputados e senadores podem transferir recursos, desta vez de suas emendas individuais, sem que os beneficiários justifiquem ou apresentem qualquer tipo de projeto para mostrar em que, afinal, o valor será aplicado.
Fonte: O Estadão
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