Todos os condenados são alvos da “Operação Mensalinho”, realizada pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MP-CE). As investigações apontam que os suspeitos criaram uma espécie de “administração pública paralela”, onde os vereadores recebiam dinheiro, ou combustível, em troca da aprovação de propostas da prefeitura.
Segundo informações do Ministério Público, havia duas espécies de “mensalinhos” na cidade de Pacujá: uma comandada pelo chefe do Legislativo e outra pelo Executivo. O presidente da Câmara, Braz Rodrigues, repassava uma quantia no valor de R$ 1.000,00 aos vereadores e o prefeito, Raimundo Filho, determinava “doações” de combustível, em forma de propina. Uma outra forma era por meio de garantias de emprego a pessoas próximas aos vereadores, além de um valor de R$ 2.000,00 por mês que era repassado a cada vereador.
O “mensalinho” em forma de combustível possibilitava os vereadores o transporte de pessoas, para tratamentos médicos em Sobral ou para qualquer outra atividade, com o intuito de angariar votos, oferecendo, cedendo, prometendo e usando bens e serviços ligados diretamente ao ente municipal, também com a participação de servidores da prefeitura. Dentre as benesses oferecidas aos eleitores, estavam a compra de passagens aéreas, entrega de materiais de construção, depósito de valores, entrega de dinheiro em espécie, entre outros.
Além do indicativo de captação ilícita de votos, há suspeita de retenção de título contra a vontade dos eleitores, corrupção ativa, descumprimento de normas sanitárias e organização criminosa.
As investigações estão baseadas em print´s das mensagens no Whatsapp, além de uma série de áudios enviados pelos próprios investigados que foram extraídas dos aparelhos celulares apreendidos com os próprios suspeitos.
Além dos nomes acima citados, também estão sendo investigados por envolvimento no escândalo Luciray Jefferson Rodrigues de Sousa, Thallyta Miranda de Abreu e Raimundo Rodrigues de Sousa Filho.
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Com informações do Ceará News7.com
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