domingo, novembro 28, 2021

EM RETA FINAL DE SEU GOVERNO, O QUE QUESTIONAR SOBRE CAMILO SANTANA?

Cotado para disputar a única vaga no Senado a qual o Ceará tem direito em 2022, Camilo Santana (PT) pode estar vivendo seus últimos momentos à frente da gestão estadual. Isso porque, caso concorra ao Legislativo, precisará deixar o Palácio Abolição no início de abril. A pouco mais de quatro meses de uma eventual desincompatibilização do cargo, o governador vem intensificando sua presença nos municípios e a entrega de obras pelo Estado.

Questionado pelo O POVO sobre a possibilidade de deixar o governo e o que deve deixar encaminhado para a vice-governadora Izolda Cela (PDT), Camilo limitou-se a dizer que só discutirá questões relacionadas à eleição “no ano que vem". No entanto, o próprio governador revelou em julho, em entrevista exclusiva ao O POVO, a tendência em concorrer ao Senado em 2022. 

PONTOS NEGATIVOS

Um problema, anterior ao atual governo, mas que deve permanecer para os próximos anos é a segurança pública. Paula Vieira, pesquisadora também vinculada ao Laboratório de Estudos sobre Política, Eleições e Mídia (Lepem-UFC), destaca que o combate ao domínio de facções criminosas no Estado não teve uma resposta tão efetiva como outras searas tiveram e, por isso, a pauta será muito abordada na disputa pelo cargo de governador em 2022. 

“Foi um desafio nesse governo, principalmente com o crescimento e a continuidade das facções criminosas. Veio a Covid-19 e esse debate ficou em segundo plano, mas com o arrefecimento da pandemia a segurança pública volta a ser alvo de questionamento”, pontua Paula Vieira. “É um dos pontos que podem ser questionados na atual gestão, já que em relação a outros temas como educação, saúde e atuação durante a pandemia o comportamento do governo foi praticamente exemplar”, finaliza.

Opositor do grupo dos Ferreira Gomes no Ceará, o deputado federal Heitor Freire (PSL) reconhece o diálogo como ponto positivo na gestão Camilo. "Por diversas vezes, estive com ele para o debate sobre as demandas de algumas categorias que me procuraram, como os policiais militares”, lembra dizendo que sempre foi “bem recebido” pelo petista.

No entanto, Freire aponta "a imposição do lockdown" e consequentemente a criação de uma "pandemia da fome no Ceará” como um revés na gestão. “Muitos setores da economia foram e seguem praticamente dizimados e vão levar muito tempo para se reconstruir. Não vimos os reflexos da política do 'fecha tudo' com impactos negativos tão grandes em outros estados", argumenta.

Com informações do Jornal O Povo

Nenhum comentário: