sábado, julho 23, 2022

PREOCUPANTE! - O IPU TEM MAIS DA METADE DA SUA POPULAÇÃO EM EXTREMA POBREZA

O Ceará vive dividido por uma fronteira invisível. De um lado, bilionários; do outro, miseráveis. De um lado, mansões de portas imensas; do outro, “moradas” sem porta, as ruas. Nesse estado de desigualdades, 71 municípios  figuram numa lista indigesta: neles, pelo menos 50% da população é extremamente pobre.

Em 2022, mais de 3,4 milhões de pessoas integram famílias em situação de extrema pobreza, inseridas no CadÚnico, do Governo Federal. Isso é mais de um terço de quem vive aqui. Os dados são do Ministério da Cidadania, tabulados e cruzados pelo Diário do Nordeste. Para o CadÚnico, vive em extrema pobreza a família que tem renda mensal per capita de até R$ 105.

Colocando uma lupa sobre as localidades, Antonina do Norte se destaca: com uma população estimada de 7.402 pessoas, o município tem 5.317 pessoas em famílias extremamente pobres – ou seja, 71% da população. Penaforte e Trairi aparecem em seguida, com 68% e 67% da população inserida em núcleos familiares cadastrados no CadÚnico como “em situação de extrema pobreza”.

No outro extremo, Horizonte, Juazeiro do Norte e Russas são as cidades com menor proporção de pobreza: respectivamente, são 18%, 20% e 23% da população vivendo em contexto de vulnerabilidade extrema.

(Com informações do Diário do Nordeste)

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QUAL O CENÁRIO DO IPU?

Temos usado o nosso Blog e também as nossas participações radiofônicas na FM Cidade, em especial, no programa Fatos em Debate as quintas-feiras, para darmos o alerta sobre a ausência de políticas públicas por parte da Gestão Municipal no tocante ao cuidar da população mais carente. 

A cidade do Ipu, sobretudo nos últimos dez anos sobre o comando do Clã Rufino, tem sido marcada pela pomposa captação de recursos em Brasília. Em 2021, por exemplo, a cidade hoje comandada extraoficialmente por Sérgio Rufino (PSB), foi uma das cearenses que mais receberam receitas públicas totalizando 155,6 milhões de reais (na região da Ibiapaba, o Ipu só perdeu para Tianguá que tem praticamente o dobro da sua população). Esses recursos tem gerado obras de infraestrutura, mas não há uma ação inovadora ou incisiva por parte dos gestores para diminuir a pobreza e o desemprego na cidade.

Como demonstração que essa bandeira levantada por esse blogueiro não se trata de uma oposição meramente partidária, observemos os dados levantados pelo Diário do Nordeste na edição de segunda-feira, 18/07. Segundo os dados do governo federal apurados pelo jornal, 55% dos ipuenses vivem na extrema pobreza. Lamentável. 

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