Águas de Março: EUNÍCIO VIABILIZA CANDIDATURA DE DOMINGOS FILHO AO GOVERNO DO CEARÁ

 GOVERNADOR CID GOMES DEVE DEIXAR O CARGO

PARA SE CANDIDATAR AO SENADO

Abrimos o mês de março com a sucessão cearense em tom acirrado. Ao longo do mês de fevereiro, Cid Gomes(PROS) tentou tirar Eunício Oliveira (PMDB) do páreo sucessório fazendo conchave com a presidente Dilma Rousseff (PT) que ofereceu o pujante Ministério da Integração Nacional ao Senador do PMDB. Eunício disse um não com classe à presidente.

Com essa manobra Cid Gomes esgotou sua última tentativa e agora mais do que nunca percebe que Eunício abre diálogo até com a oposição que tem em Tasso Jereissate um possível "apoio branco" (extraoficial) acertado para lhe dar, e deve ter um vice vindo do governista (em nível nacional) PR de Roberto Pessoa e Lúcio Alcântara. 

Nesse ínterim e sabendo da potencial candidatura de Eunício ao executivo estadual, onde pesquisas lhe dão baixa rejeição e com grande espaço na mídia e no horário eleitoral devido pomposo tempo de Rádio e TV que tem o seu PMDB, o governador descartou por completo a candidatura de Zezinho Albuquerque (PROS), a qual vinha tentando vitaminar, e sepultou de vez a de outros membros do PROS como Leonidas Cristino e Mauro Filho.
Gente do PT de Cid tenta articular uma união cearense com o nome do petista Camilo Santana, pessoa ligada aos Ferreira Gomes, fazendo a união PROS-PT-PMDB. Mas a ideia tende a implodir, pois  Eunício não abre pra ninguém.

A realidade dos fatos agora é essa: O Vice Governador Domingos Filho que até pouco tempo disputava com Eunício o controle do PMDB e que era o plano E de Cid, terá que ser o candidato do PROS. Domingos, além de quebrar a espinha dorsal de Eunício no seu ex-partido, sobretudo na região do Inhamuns e Sertão Central, teria como agregar. Até Luizianne Lins com a turma do PT de Fortaleza tem um bom diálogo com o Vice Governador.

Nesse cenário de grande ameaça de desestruturação do reinado cidista no Ceará, o governador sairá do cargo nos próximos dias e será candidato ao Senado por dois motivos: além de fortalecer a chapa de Domingos Filho que deve ter um Vice do PT, impediria uma possível reeleição do seu candidato em 2018 (Domingos seria agora em 2014 já candidato a reeleição pois assume o governo com a saída de Cid) abrindo espaço até para ele voltar ao poder. 
Mas é bom lembrar que esse não seria o plano do governador cearense, mas a luz amarela acessa o faz ter que rever seus projetos particulares.

Até o dia 4 de abril, data limite para Cid Gomes desincompatibilizar, ou seja, renunciar ao cargo de governador, ele irá seguir dizendo que não será candidato e que pretende ir morar nos EUA. 

Somente um fato novo bombástico, pouco provável a essa altura, pois as movimentações já se esgotaram, faria essa situação aqui exposta retroagir. 

ANÁLISE POLÍTICA: PROFESSOR KLEBER TEIXEIRA (Blog do KT)