"Essa é a maior taxa acumulada no ano desde 2015, quando foi de 10,67%", destacou o IBGE. Quase o dobro do teto da meta
Mesmo tendo desacelerado em dezembro, a inflação de 10,06% no acumulado no ano ficou bem cima do teto da meta para 2021, que era de 5,25%. Quando isso acontece, o Banco Central tem de escrever uma carta pública explicando as razões. Pelo sistema vigente, o IPCA poderia ficar entre 2,5% e 5,25% para a meta ser oficialmente cumprida. O objetivo central oficial era de 3,75%.
Foi a primeira vez desde 2015 que a inflação oficial estourou o limite do sistema de metas.
PREOCUPAÇÃO TAMBÉM PARA 2022
A previsão do mercado para a inflação em 2022 está em 5,03%. Com isso, a expectativa é de estouro do teto do sistema de metas pelo segundo ano seguido. A meta central para o IPCA deste ano é de 3,50% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar entre 2% e 5%.
Atualmente, a taxa Selic está em 9,25% ao ano, maior patamar em mais de quatro anos. E a perspectiva do mercado é que ela termine o ano em 11,75% ao ano.
ITENS COM MAIOR IMPACTO NA INFLAÇÃO DO ANO:
Gasolina: 47,49% (impacto de 2,34 pontos percentuais)
Energia elétrica: 21,21% (impacto de 0,98 p.p)
Automóvel novo: 16,16% (impacto de 0.48 p.p.)
Gás de botijão: 36,99% (0,41 p.p.)
Etanol: 62,23% (0,41 p.p.)
Refeição: 7,82% (0,29 p.p.)
Automóvel usado: 15,05% (0,28 p.p.)
Aluguel residencial: 6,96% (0,26 p.p.)
Carnes: 8,45% (0,25 p.p.)
Produtos farmacêuticos: 6,18% (0,20 p.p)
Fonte - G1
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