OPOSIÇÃO SEGUE SEM DEFINIÇÃO
Opositor ao governador Camilo Santana, o senador Eduardo Girão (Podemos) afirma que pretende se "engajar" na campanha para o Senado, principalmente como forma de garantir a renovação. Ele cita que pretende dar apoio a candidato que defenda bandeiras como a CPI Lava Toga, a discussão sobre a prisão após segunda instância e a possibilidade de mandato para os Tribunais Superiores. "Renovar o Senado (com parlamentares) que sejam a voz das ruas. E não que cheguem lá e que vão fazer o mesmo jogo que está lá", afirma.
Um dos apoiadores da pré-candidatura do deputado federal Capitão Wagner (Pros) ao Palácio da Abolição, Girão ainda não tem um nome definido de quem irá apoiar ao Senado.
O grupo político comandado por Wagner deve iniciar essa discussão de maneira mais intensa a partir de agora. Alguns nomes já foram colocados informalmente, mas ainda devem ser discutidos.
Um dos que se coloca como pré-candidato ao Senado e quer conversar com Wagner sobre aliança para a disputa por uma cadeira é o vereador Inspetor Alberto (Pros). O parlamentar, que deve se filiar ao PL após a chegada do presidente Jair Bolsonaro ao partido, aguarda definições da nova sigla para bater o martelo sobre a candidatura.
"O deputado André Fernandes esteve há uns 15 dias em Brasília e o presidente assinou que sim (para a candidatura de Alberto)", afirma o vereador. "Quem está segurando é o partido, que ainda está resolvendo porque são 27 estados. O presidente quer um candidato ao Senado em cada estado pelo PL", completa.
PERSPECTIVA DE OUTROS NOMES
Apesar de ter poucos nomes confirmados, a disputa pelo Senado costuma ser acirrada. Em 2018, foram 11 candidatos para as duas vagas em disputa.
Alguns deles, como o ex-senador Eunício Oliveira (MDB), não devem tentar candidatura para a Casa. Ex-presidente do Senado, foi derrotado na tentativa de reeleição em 2018. Aliado de Camilo Santana, Eunício deve ser candidato à Câmara dos Deputados em 2022.
Partidos mais à esquerda costumam lançar candidatos ao Senado, inclusive para fortalecer o palanque da disputa estadual. Em 2018, Psol lançou Anna Karina e Pastor Simões. O PCO também tentou a vaga com a candidatura de Alexandre Barroso.
ENTENDA
Tasso Jereissati não é o único senador que encerra o mandato em janeiro de 2023. Das 81 vagas de senador, 27 estarão em disputa em 2022. Alguns nomes inclusive conhecidos podem ficar sem mandato.
Dentre eles, o ex-presidente do Senado e atual presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP); o presidente da CPI da Covid-19, Omar Aziz (PSD-AM); e a senadora Simone Tebet (MDB-MS), que lançou pré-candidatura à Presidência da República.
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