Tida como um dos alvos preferenciais dos partidos de centro, de direita e de esquerda para compor uma chapa presidencial, Simone chega fortalecida por uma participação importante na CPI da Covid, e com o desafio de fazer seu nome decolar mais rapidamente do que a ação dos partidos que desejam ter o apoio do MDB para os próprios candidatos.
O perfil de sua candidatura é visto com grande potencial para atrair o eleitor insatisfeito com a polarização entre Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL). Com a exceção de Sergio Moro, cuja candidatura começou a ganhar tração nas pesquisas, outros nomes da chamada terceira via são vistos no mesmo estágio (ou abaixo) de popularidade que o de Simone.
QUEM É SIMONE TEBET?
Filha mais velha do ex-presidente do Senado e do Congresso Ramez Tebet, Simone é professora, advogada e está no primeiro mandato como senadora. Ela iniciou sua trajetória política em 2002 e antes de disputar uma vaga no Senado, foi deputada estadual em Mato Grosso do Sul e prefeita de Três Lagoas. Em 2014, foi eleita para o primeiro mandato no Senado Federal.
Sua descendência é de origem árabe-libanesa. A parlamentar é casada com o deputado estadual Eduardo Rocha, com quem tem duas filhas. Sua formação em Direito é pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e ela é especialista em Ciência do Direito pela Escola Superior de Magistratura.
Em 2015, em seu primeiro ano de mandato, tornou-se presidente da Comissão Mista de Combate à Violência contra a Mulher. O colegiado foi criado naquele ano como uma das recomendações da CPI da Violência contra a Mulher.
A parlamentar é bicampeã do Prêmio Congresso em Foco (2018 e 2019), eleita a melhor representante do povo no Senado. Em 2021, concorreu a três categorias da premiação, e dentre elas, foi escolhida como a Melhor no Senado.
LÍDER FEMININA DO SENADO
Em março deste ano, tornou-se a primeira Líder da Bancada Feminina do Senado, criada para garantir às senadoras assento na reunião de líderes, com direito a fala e voto sobre a pauta de votações do Plenário.
Na CPI da Covid-19, a senadora apontou irregularidades no contrato da vacina Covaxin com o Ministério da Saúde, revelando possível fraude num contrato de R$1,6 bilhão. Ao longo do andamento da CPI, o governo cancelou o contrato.
Ao ser lançada como pré-candidata à Presidência, Simone Tebet defendeu uma discussão sobre um projeto nacional e regional de desenvolvimento do País, com uma renda básica permanente, porta de saída para geração de empregos, educação de qualidade e inclusão digital para todos os brasileiros.
Crítica da política econômica do governo Bolsonaro, Tebet defendeu um compromisso com as âncoras fiscais do País. "Sem responsabilidade fiscal, nós já sabemos esse caminho nefasto, nós não garantimos o que é necessário para esse caminho ser feito", disse ela ao defender uma renda básica com porta de saída e "igualdade de oportunidades".
Fonte: DN
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