A decisão ainda precisa passar pelo crivo das Executivas nacionais dos três partidos, que devem se reunir na próxima terça-feira (24), mas já indica que o ex-governador João Doria, pré-candidato do PSDB, foi rifado.
A escolha por Simone aconteceu após pesquisas feitas pelos partidos indicarem que a rejeição a Doria é muito alta e que a senadora teria maior potencial de crescimento. Doria teve o nome aprovado em prévias do PSDB, em novembro do ano passado, mas, desde então, enfrenta resistências.
"Até terça-feira que vem fica pública uma posição apresentada aos três partidos. Vamos aguardar para ver se os três partidos confirmam essa posição", disse o presidente do PSDB, Bruno Araújo.
"A partir daí, inicia-se um processo entre os dois candidatos postos no qual poderemos passar para a fase seguinte de começar a construir de forma sólida essa aliança, construindo aspectos regionais e demandas que possam fortalecer essa candidatura presidencial", afirmou Araújo.
"Temos consenso entre nós. Vamos ter que colocar para o partido para poder dizer esse candidato que vocês chamam de terceira via", declarou o presidente do Cidadania, Roberto Freire.
REUNIÃO COM DORIA
Integrantes da Executiva do PSDB vão se reunir com Doria antes de terça e tentar fazer com que ele desista de ser candidato a presidente. Ainda não há data e local definidos para o encontro.
Doria tem demonstrado resistência a abrir mão de ser candidato a presidente e já prometeu judicializar a questão. Além dele, outra ala do partido, também resiste a se aliar com o MDB.
O grupo liderado pelo deputado Aécio Neves (PSDB-MG) teme que Tebet seja rifada pelos caciques emedebistas, que estão mais interessados em apoiar o ex-presidente Lula (PT) ou o presidente Jair Bolsonaro (PL). Aécio também rejeita a candidatura de Doria e prefere que outros nomes do PSDB entrem na disputa, como o do senador Tasso Jereissati (CE) ou do ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite.
O presidente do MDB, Baleia Rossi, afirmou que uma alternativa a Lula e Bolsonaro é importante, criticou polarização e disse que o foco de um projeto de País deve ser resolver os problemas dos brasileiros e não a "briga pela briga".
"A sensação da população é que essa polarização prejudica os brasileiros. Esse é um dado extremamente relevante para a construção de uma alternativa mais equilibrada, moderada, que busque responder aos problemas reais dos brasileiros e não uma briga pela briga", afirmou Baleia.
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