quinta-feira, junho 12, 2014

DILMA SE ESCONDE DA TORCINA E MESMA ASSIM NÃO SE LIVROU DAS VAIAS

Todo um esquema foi feito para proteger a presidente da República, Dilma Roussef, da hostilidade da torcida na abertura da Copa-2014. Mas a beligerância do público em relação a política só aumentou quando ela foi exposta pela TV da Fifa no telão do Itaquerão após o gol de Neymar que deu a virada ao Brasil.

De início, a presidente já decidiu não discursar. Depois, não foi nem declarar aberta a Copa-2014 como é procedimento comum em todos os países-sede. O presidente da Fifa, Joseph Blatter, também desistiu de falar. Foram substituídos por pombos para evitar a vaia ocorrida na Copa das Confederações.

A proteção à presidente continuou a ser feita pela própria TV da Fifa, de início. A HBS (Host Broadcast System) evitou imagens dela e de Blatter antes do início da partida. Ainda assim, a torcida do setor Norte, arquibancadas superiores e inferiores, começou a xingá-la logo após uma homenagem aos operários mortos.

A presidente estava recolhida na segunda fileira de seu camarote, onde era difícil a torcida vê-la. Outros líderes como o presidente da Bolívia, Evo Morales, estavam debruçados na divisória de vidro para assistir à festa da torcida. Ainda assim, a torcida voltou a hostilizá-la no primeiro tempo, mas nada de imagens delas mostradas no telão até então.
Só que, quando Neymar fez o gol da virada em pênalti mal marcado a TV da Fifa exibiu a imagem da presidente festejando. A torcida, que comemorava, voltou a xingar Dilma. Fato que se repetiu ao final do jogo.

Antes e depois, escondida do público, a presidente tentava se popularizar ao reforçar conexão com a seleção brasileira. Mandou carta na véspera para o time, e se esforçou nas redes sociais com mensagens para Neymar e Felipão. Também havia imagens dela, divulgadas pelo planalto, com o secretário geral da ONU, Ban Ki Moon, e com Blatter. Mas, pelo menos para o público do estádio, não adiantou essa face boleira.
Fonte: UOL

2 comentários:

Anônimo disse...

NÃO FORAM VAIAS, FORAM OFENSAS DE BAIXO CALÃO E ALÍ ELA REPRESENTAVA O BRASIL, PORTANTO, OFENDIDO
S OS PRÓPRIOS "VAIADORES" E TODO O POVO BRASILEIRO, LAMENTÁVEL!

Anônimo disse...


Blog do MERVAL PEREIRA
Sem dúvida é uma boa sacada de marketing atribuir os xingamentos à presidente Dilma no Itaquerão, na estreia do Brasil na Copa, a uma “elite intolerante”, E melhor ainda fazer-se de vítima, como tentou a presidente, misturando alhos com bugalhos ao lembrar as torturas que teria sofrido quando presa no regime militar.
Não havia apenas membros das elites brasileiras no estádio, não foram apenas as alas VIPs que xingaram a presidente, e não é nada desprezível o significado político do que aconteceu naquela tarde em São Paulo. A presidente Dilma tem um problema sério pela frente, pois é evidente a má vontade dos paulistas com seu governo e com o PT, provavelmente turbinado pela gestão medíocre do prefeito Fernando Haddad na capital paulista.
As pesquisas estão aí para mostrar que ela perde em São Paulo num hipotético segundo turno, tanto para Aécio Neves quanto para Eduardo Campos. Os xingamentos à presidente tem um lado lamentável relacionado muito mais à nossa civilidade como sociedade do que com o respeito que se deve ter a um presidente da República.
A banalização dos xingamentos, uma violência verbal, juntamente com a violência física, são pragas do nosso futebol que precisam ser extirpadas, e a presidente Dilma foi vítima desse hábito nada educado e rigorosamente condenável. Mas os excessos da multidão, formada por pessoas de todos os níveis sociais, não eximem a presidente de ser merecedora do repúdio expresso pelas vaias e pelos xingamentos.
Claro que o melhor seria se esses excessos verbais não tivessem existido, e que as vaias, como na abertura da Copa das Confederações do ano passado, fossem o instrumento para exprimir o sentimento que domina parcela cada vez maior da população.
Dias antes, a presidente Dilma havia se aproveitado de seu cargo para, em uma cadeia nacional de cadeia de rádio e televisão, num abuso de poder, se defender das críticas a seu governo, sem que houvesse possibilidade de contestação. A conta chegou no jogo de estreia do Brasil, quando a multidão presente ao estádio soube distinguir perfeitamente o que é nacionalismo real daquele patriotismo forçado pelos políticos que fez o escritor e pensador inglês do século XVIII Samuel Johnson dizer que “o patriotismo é o último refúgio dos canalhas”.
A presidente Dilma havia mandado que sua imagem não aparecesse no telão do estádio, para não ficar exposta à ira dos torcedores. Mas, num gesto demagógico, colocaram-na no telão ao comemorar o gol de empate do Brasil, ao lado do vice Michel Temer. Foram impiedosamente vaiados.
O torcedor presente ao Itaquerão aplaudiu a bandeira do Brasil sempre que ela surgiu em campo, fosse na cerimônia de abertura ou na entrada dos times, cantou o hino nacional a capela num emocionante e espontâneo rasgo de patriotismo, e entoou cânticos populares exaltando o fato de ser brasileiro.
Com relação à presidente da República, auto-emudecida pela previsão de que receberia uma imensa vaia caso sua presença fosse anunciada, o estádio inteiro demonstrou sua insatisfação com ela de maneira grosseira, porém sincera.
A grosseria é um problema nosso, de uma sociedade que precisa encontrar novamente o caminho da civilidade e da convivência pacífica entre os contrários.
Essa exacerbação dos sentidos não ajuda a democracia, mas é preciso salientar que esse clima de guerra permanente foi instalado pelo PT, que não sabe fazer política sem radicalização e precisa de um inimigo para combater. A prática do “nós contra eles” acaba levando a radicalizações como a de quinta-feira.
A vaia é um problema da presidente Dilma e do PT.