Mais uma ação ousada de bandidos foi registrada, no interior do estado, no último feriado. Neste Município, localizado a 415km de Fortaleza, seis veículos foram incendiados no Destacamento da Polícia Militar. O atentado ocorreu ontem por volta das 23 horas de domingo (14), no estacionamento do Destacamento, onde havia sete veículos. Dentre os automóveis, estavam um Fiat Uno 2011 e um gol seminovo que pertenciam ao subcomandante e comandante do Destacamento, Cabo Feitosa e Cabo Viana, respectivamente.
Os demais veículos haviam sido apreendidos e estavam à disposição da Justiça. Apenas um Fiat Tipo escapou do incêndio.
Segundo a Polícia, no momento do atentado apenas um policial, o Cabo Feitosa, estava no Destacamento. Os outros quatro policiais estavam realizando incursões pela cidade na viatura pertencente ao Destacamento. O cabo Feitosa percebeu o incêndio ao sentir o cheiro do fogo e o estouro de um pneu. A princípio, achou que seria um tiro, mas ao sair para o estacionamento viu o incêndio, provavelmente iniciado com gasolina no Gol seminovo do Cabo Viana. Telefonou para os policiais que estavam na viatura, que ao chegarem efetuaram diligências nos arredores do Destacamento, mas não encontraram nenhum suspeito.
Equipes policiais de Crateús, do 7° BPM, e de todo o Estado, inclusive helicópteros do Ciopaer foram mobilizados nas buscas aos acusados. A Polícia está efetuando barreiras nas entradas e saídas da cidade.
O tenente coronel Izaías Ferreira da Silva, do 7º BPM, informa que em um primeiro momento a Polícia pensou que o atentado seria seguido de assalto na agência bancária. "De imediato apostamos nessa hipótese e circundamos logo a agência, mas lá não havia nada de anormal", afirma o coronel. Daí atribui a ação a retaliações ao trabalho da Polícia no Município. "Assumimos há 15 dias o 7° Batalhão e estamos reforçando a segurança e realizando mudanças, então atribuímos o atentado a represálias pelo trabalho que estamos implantando", completa.
Para o delegado regional da Polícia Civil, Ricardo Savoldi, o cerco realizado nos últimos dias no Município culminou com essa ação, que também considera como retaliação à Polícia. "Efetuamos diversas prisões por tráficos de drogas, irregularidades em veículos e acredito que isso cause revolta", aponta.
Segundo ele, o Município precisa de um trabalho intensivo. "Novo Oriente não pode ser uma terra sem lei, é uma das cidades mais violentas da Região. Não vamos aceitar isso", sentencia Savoldi.
FONTE: DIÁRIO DO NORDESTE
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