terça-feira, dezembro 31, 2013

POLÍTICA: CONFIRA OS FATOS DE 2013 QUE SERÃO DECISIVOS EM 2014

A disputa presidencial e estadual de 2014 começou já em 2013 e os protagonistas do adiantamento do calendário eleitoral foram os governadores Cid Gomes (CE) e Eduardo Campos (PE), além do ex-presidente Lula.

O desembarque dos irmãos Gomes do PSB e a entrada deles no então recém-criado PROS, em retaliação às pretensões palacianas do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, concentraram todos os holofotes no segundo semestre do ano, esvaziando o palanque do virtual adversário da presidente Dilma Rousseff no Ceará.

Novos partidos também movimentaram o cenário político, as manifestações de rua tomaram a pauta das velhas e novas siglas e a dobradinha dos presidenciáveis Campos e Aécio Neves (PSDB-MG) prometem desdobramentos imprevisíveis para disputa do ano que vem.

5 comentários:

Anônimo disse...

O povo brasileiro deseja mudanças, e o cearense não é diferente, tem lá suas particularidades, porém o desejo também existe, há um certo descontentamento da sociedade com os atuais governantes, diante desse desânimo acredito que nas próximas eleições a oposição tem uma grande oportunidade de vitória. Mesmo considerando que a presidente Dilma hoje tem uma boa vantagem sobre seus adversários, acho que ela não será eleita para um segundo mandato, e mais, o PT também não elege seu canditado ao senado, e digo isso porque o Guimarães não irá abrir mão de sua candidatura. É Muito provável que o Tasso seja candidato ao senado, e será eleito. E quanto ao Cid Gomes, acho que não irá eleger seu candidato ao governo do Ceará. Façam suas apostas as minhas foram feitas.

Anônimo disse...

Meu voto será do candidato indicado pelo PSB, tomara que seja Nicole Barbosa. E para Presidente Aécio Neves.

Anônimo disse...

Realidade e fantasia

Blog - Merval Pereira

"Não combina com a ousada decisão de comparecer ao Fórum Econômico Mundial em Davos o discurso eleitoreiro da presidente Dilma sobre o estado das contas públicas brasileiras. Não é crível que tenha sido à toa que ela buscou a expressão “guerra psicológica” para desqualificar as críticas que seu governo recebe.

A presidente utilizou um jargão militar autoritário para se colocar como a defensora do país contra aqueles críticos, que seriam os antipatrióticos. Não é a primeira vez que ela ou seu mentor político Lula utilizam esse truque vulgar para acusar a oposição de estar trabalhando contra o país, confundindo propositalmente a facção que está no governo em termos provisórios com o Estado brasileiro.

É natural que um partido político queira se manter no poder o mais tempo possível, mas a alternância no poder é uma das características mais fortes das democracias. Anos eleitorais trazem necessariamente a expectativa de mudanças, mesmo quando, como agora, o partido governista esteja em posição vantajosa na disputa presidencial.

Por isso, a mensagem de fim de ano da presidente Dilma, marcadamente eleitoral, não trouxe alento para quem espera mudanças de rumo. Desse ponto de vista o discurso vai de encontro ao desejo expresso da maioria, que quer mudanças, como demonstram as mesmas pesquisas de opinião que apontam Dilma como a favorita na eleição de outubro.

Assim como os principais candidatos oposicionistas Aécio Neves, do PSDB, e Eduardo Campos, do PSB devem procurar sintonia com esse desejo de mudança para terem alguma possibilidade eleitoral, a presidente Dilma também deveria estar atenta a essa necessidade de sintonia com esse anseio, sob o risco de perder uma eleição que parece ganha nove meses antes das urnas serem fechadas.

Acusar seus críticos de “guerra psicológica” diante de fatos tão claros só demonstra teimosia e malícia, confirmando um dos traços de sua personalidade mais prejudiciais à boa governança, e colocando no tabuleiro um toque de distorção política que não constava de seu cardápio.

Não se pede que a presidente, em pleno ano eleitoral, reconheça que a média de crescimento do PIB sob sua gestão é a menor dos últimos 20 anos, nem que a inflação continua na realidade furando o teto da meta, o que só não acontece no cenário oficial por que os preços administrados estão contidos artificialmente.

Também não é possível aceitar que venha a público dizer que o superávit primário está sendo cumprido, quando se sabe que o do ano que acabou, mesmo minguante, só foi alcançado com verbas extras que entraram no caixa do governo no final do exercício, depois de vários truques de contabilidade criativa durante o ano.

Vai ser difícil para a presidente Dilma repetir esse discurso ufanista em Davos, diante dos maiores investidores internacionais, sem aprofundar mais ainda as desconfianças. Os fatos mostram que países emergentes crescem mais que nós, com menos inflação. As pesquisas sobre produtividade revelam o país empacado, sem condições de avançar num campo fundamental da competitividade do mundo globalizado por que questões básicas como a melhoria da educação não foram atacadas.

Classifiquei no início da coluna de “ousada” a decisão da presidente Dilma de ir a Davos não apenas devido à reação dos seus radicais, mas, sobretudo, por causa de suas próprias convicções pessoais.

Diferentemente de Lula, pragmático e sem ideologias que se sentia muito bem como atração do Fórum Econômico Mundial, a presidente Dilma tem convicções ideológicas mais firmes, que a impediam até pouco tempo de privatizar setores importantes da infraestrutura do país, e não deve se sentir à vontade naquele palco.

No entanto, tapou o nariz e decidiu viajar para fazer a sua “Carta ao povo brasileiro” no centro das grandes decisões do capitalismo globalizado. Mas vai precisar mais de ações que de promessas. Mais de realismo que de fantasias".

Anônimo disse...

Até outubro nada será diferente, talvez nem depois das eleições os
disfarces, as maquiagens, os jeitinhos irão acabar. E por quê o Brasil não cresce? Por quê o Brasil perde oportunidades? Porque este governo por razões ideológicas afugenta o capital externo, deixando de produzir empregos, impostos e outras riquezas. A miséria precisa ser
erradicada, porém com crescimento. Só podemos distribuir o que temos, não crescendo um dia acaba. A seguir o editorial do jornal O Globo,
denotando que o governo Dilma Rousseff não sabe o que fazer para que o país cresça.

EDITORIAL OPINIÃO - JORNAL O GLOBO DE 04.01.2014.

CUIDADOS NA LEITURA DE NÚMEROS DE 2013.

O saldo comercial positivo não existiria sem exportações fictícias da Petrobras, bem como o superávit primário só foi alcançado com receitas
extraordinárias.

As estatísticas econômicas no governo Dilma Rousseff
não são para amadores. Instituída a escola da “contabilidade
criativa”, capaz, por exemplo, de transformar dívida pública em
receita primária — quando o Tesouro se endivida para injetar dinheiro no BNDES e este volta na forma de dividendos antecipados —, o trabalho de acompanhar a economia pelos números oficiais tornou-se árduo e traiçoeiro, devido às armadilhas e ao jogo de espelhos.

Nestes últimos dias, a divulgação dos dados do comércio exterior e de estimativas do superávit primário de 2013 veio confirmar a regra. Isso porque nem o superávit comercial de apenas US$ 2,561 bilhões existiu na verdade, como também a economia feita pela União de R$ 75 bilhões,
para abater parte da conta de juros da dívida, pode ser considerada de boa qualidade.

No comércio externo, não fosse a exportação fictícia — legal, mas
fantasiosa — de sete plataformas da Petrobras, apenas registradas no exterior, US$ 7,7 bilhões seriam subtraídos das vendas externas. O superávit, então, se converteria num déficit de cerca de US$ 5 bilhões.

Mas, superávit ou déficit, foi um dos piores resultados no comércio em mais de dez anos. Manobras contábeis à parte, a preocupante perda de fôlego das exportações — queda de 1% em relação a 2012 — reflete várias dificuldades específicas do país. Da falta de competitividade em função de sérios problemas de infraestrutura, carga tributária,
burocracia, salários crescendo acima da produtividade, ao atoleiro em que o Brasil se mantém num Mercosul paralisado pela crise da Argentina
e intoxicado pelo protecionismo “bolivariano”, refratário a acordos de
liberação comercial com terceiros. Entende-se por que as exportações nacionais caíram, enquanto o comércio global cresceu 2%. Apesar do que
dizem porta-vozes oficiais, as causas dos problemas brasileiros não são externas.

Nas contas fiscais, terreno em que a “contabilidade criativa” mais tem sido aplicada, não fossem receitas extraordinárias, na parte final de 2013, o saldo seria outro, abaixo dos R$ 73 bilhões estabelecidos como
meta para a União e, claro, dos R$ 75 bilhões anunciados ontem pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. Como estados e municípios não conseguiram atingir o esforço fiscal previamente acertado, o superávit
total não deve atingir o alvo de R$ 110,9 bilhões, ou 2,3% do PIB.

Vieram “salvar a lavoura” das contas públicas a entrada de R$ 15
bilhões pagos pelos vencedores do leilão de Libra, a título de bônus, e cerca de R$ 30 bilhões arrecadados na reabertura do Refis, programa de renegociação de dívidas com o Fisco. São entradas de dinheiro que
não se repetirão. Salvam a face de 2013, e só.

O ano de 2014 traz, junto com as eleições, a necessidade imperativa de o governo melhorar o rendimento da economia. Mas de fato, sem artifícios contábeis.

Anônimo disse...

Vejam porque a Colômbia cresce e o Brasil não.
JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO.
TONI SCIARRETTA.
A Colômbia cresce porque mantém regras do jogo, diz ministro da
Fazenda, Mauricio Cárdenas.
Um país que superou os anos negros da guerrilha urbana, investe em infraestrutura pesada e aposta em reformas nada populares que mexeram
na folha de pagamentos, nos benefícios sociais e na partilha dos impostos.
É a Colômbia, país latino-americano que mais melhorou o ambiente de negócios segundo o Banco Mundial.
Sem malabarismos nas contas públicas, o país vizinho desbancou o Brasil do posto de "queridinho" dos mercados internacionais.
E já colhe os resultados alcançados: crescimento de 5,1% em 2013, de longe o maior do continente (no Brasil, a previsão é 2,3%), inflação em 1,8% (a brasileira está em 5,7%) e juros de 3,25% ao ano (10% no Brasil).
Para Mauricio Cárdenas, ministro da Fazenda da Colômbia, a
credibilidade do país também se traduz no valor de mercado da
petroleira Ecopetrol, que tem 80% da ações nas mãos do governo.
A colombiana tem um terço do tamanho da Petrobras, mas em valor de mercado já se aproxima da brasileira: desde novembro de 2007, quando entrou na Bolsa, saltou de US$ 27 bilhões para US$ 80 bilhões.
A brasileira, que fez a maior oferta de ações do planeta em 2010(US$ 70 bilhões), despencou de US$ 197 bilhões para US$ 90 bilhões.
Para Cárdenas, a diferença entre as estatais é a gestão. "Tem que ser muito transparente para dar subsídios."
O ministro da Fazenda da Colômbia, Mauricio Cárdenas
Folha - A Colômbia foi o país em que mais melhorou o clima de negócios na região. Como isso aconteceu?
Mauricio Cárdenas - Estamos sempre atentos a medições comparativas internacionais. Definimos um objetivo muito concreto e pontual: entrar
na OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, que exige harmonização dos indicadores e estatísticas]. Fizemos reformas do Estado de longo prazo para estimular investimentos, melhorar o ambiente de negócios, e assegurar o ingresso na OCDE. E já fomos indicado.
A Constituição concedeu direitos e benefícios sociais, mas agora
também incluímos o princípio da sustentabilidade fiscal para garantir esses direitos.
A mudança de governo não é um risco para as reformas?
Tem que esquecer os objetivos de curto prazo em favor dos estratégicos e de longo prazo. As reformas têm que trazer resultado.
A Colômbia cresceu mais de 5% e será o país latino-americano com o
maior crescimento em 2013. Será o 15º país de maior crescimento no
mundo.
É o país com a menor inflação da região e a maior taxa de investimento.
Essa credibilidade se estende às empresas colombianas?
Falamos sobre o caso da Ecopetrol [estatal colombiana de petróleo] e
da Petrobras. Qual é a nossa política [de preços dos combustíveis]?
Somos muito parecidos em geral: as duas empresas estão na Bolsa, têm ações em Nova York, têm parcerias com outras companhias petroleiras no mundo. No nosso caso, porém, temos tratado com total transparência os subsídios.
Na Ecopetrol se pagam os combustíveis pelo preço internacional. A política de preço dos combustíveis não passa pelo governo.
Na construção, queremos que o concessionário assuma os investimentos.
Exceto nos túneis, em que compartilhamos os riscos.
No Brasil, os investidores dizem que a rentabilidade das estradas é
baixa, mas na Colômbia algumas estradas têm retorno ainda menor. Como elas são viáveis?
A Colômbia ocupou o espaço do Brasil de queridinho dos mercados internacionais?
A Colômbia foi muito consistente em suas políticas e reformas.
Desde o início, há 15 anos, não fizemos grandes mudanças nas regras, mas fomos aperfeiçoando o modelo.
A consistência faz parte do momento econômico da Colômbia