O 2016 COMEÇA NO 2015 - O DINAMISMO DA POLÍTICA IPUENSE

Excetuando a eleição de 2000, a qual o ex-prefeito Zezé Carlos há muito trabalhava como iminente candidato contra a reeleição de Simão Martins, a política de Ipu segue como um filme repetido em meio a incógnita de quem será o candidato da oposição para as próximas eleições. O receituário de só aparecer como candidato de oposição de última hora, como assim também fez Sergio Rufino quando foi praticamente apresentado a sociedade ipuense um ano antes das eleições de 2012, continua valendo.

No pleito passado também existiam vários nomes que almejavam serem o cabeça de chapa da oposição. O cenário atual é idêntico, pois os ex-prefeitos de oposição, Toinha e Sávio Pontes, continuam sem demarcar território.

Tudo pode acontecer, mas nem tudo se pode desdenhar. O que não pode é Sergio Rufino deixar a soberba lhe tomar de conta. Já existem assessores seus fazendo chacota que o candidato da oposição será o popular Balacó. Não podemos esquecer que Toinha (não ela, e sim seus assessores), Corrinha e Sávio Pontes foram, de certa forma, por esse caminho, e o final foi eleitoralmente trágico. Eleições em Ipu sempre foram e serão acirradas devido o histórico bipartidarismo, vistas ainda bem vivas nas eleições para deputado desse ano, e ao inquieto eleitor urbano que adora votar no contra (que assim digam os eleitores do candidato a Deputado Balacó).

O prefeito de Ipu sabe que não pode viver só de prédios públicos, pinturas, retoques e poços profundos. A educação, por exemplo, continuará lhe dando números medíocres. A cultura capenga só olha para a música e é indiferente aos olhos dos intelectuais da Terra de Iracema. O esporte continua no mais do mesmo, e o Ipu sem nenhuma projeção futebolística lá fora. O turismo, a qual o seus oportunos aliados Martins de Nonato estão de olho, merece uma atenção especial nos próximos anos. A geração de empregos na cidade, só acontecerá se Sergio Rufino, nesse curto espaço de tempo de dois anos que lhe restam, conseguir ousar projetos no setor industrial, agrícola a turístico que alavanquem a economia da cidade. 

Apesar de passar uma certa lisura no que faz com o erário público, o gestor de Ipu é maculado pelas ruas da cidade devido o seu familiarismo administrativo, sua vocação latifundíária e ao excesso de empresas prestadoras de serviço de fora que "levam quase todo o dinheiro do Ipu" como assim profanam os seus opositores. 

Pagar em dia funcionários e fornecedores é salutar, mas não garante reeleição, que assim diga o tecnoburocrata Simão Martins e a ex-prefeita Corrinha. Sergio Rufino não é um homem do povo. Da noite para o dia não se cria carisma e empatia com o populacho, mas esforços por parte do Prefeito precisam acontecer com  mais frequência nesse sentido, pois o mesmo entrará aos poucos em campanha.

UM POSSÍVEL NÓ NA OPOSIÇÃO
O líder do grupo liberdade tem olhado para os seus botões e matutado. Sabe ele que o Vice Carlos Eduardo foi enquadrado de vez (mas não esqueçam que o patriarca e o seu filho Carlos Renato ainda torceram o nariz), viu o Casal Pica Pau perder força nas eleições para Deputado e de quebra  tem o Coronel Martins com o PT nas mãos. 

Sergio Rufino já sabe qual a receita para deixar a oposição de Ipu, que ainda tem Sávio Pontes como referência, desestruturada de vez e pavimentar sua reeleição tornando-a barata e fácil: se aproximar de Toinha Carlos. 

Acredita-se que essa será a maior meta política do Prefeito para o novo ano, e no início do ano mudanças radiofônicas podem acontecer para impedir hostilidades entre Rufinos e Carlos nessa reta final rumo a mais eleição municipal. A articulação dessa aliança bombástica também envolveria o Governador Camilo Santana e os empresário filhos de Zezé Carlos, bem como o comando Pros de Ipu e as filiações precisam acontecer até setembro de 2015. Na contramão dessa ideia está a própria Toinha com sua política sempre evasiva e indecisa, porém ciente do ônus que isso lhe causaria.

Todo o Ipu sabe que antes de se lançar candidato a Prefeito em 2012, Sergio fez várias visitas a residência do casal Zezé e Toinha no Bairro da Mina. A ideia era fazer de Diego Carlos, o seu Vice. Não deu em 2012, mas quem sabe rola em 2016.

Quem vive a política ipuense sabe do seu dinamismo.