Aliás, Wagner foi um dos poucos congressistas cearenses ao ato. Ao todo, o Ceará tem 22 deputados federais e três senadores. Destes, apenas Wagner e o deputado federal Jaziel Pereira (PL) estiveram no palanque pró-Bolsonaro na Praça Portugal. Por aqui, com o microfone bolsonarista na mão, o capitão agitou os presentes com o que queriam ouvir: críticas à imprensa, ao Supremo e ao Congresso, especialmente ao Senado, que abriu uma CPI para investigar a atuação do governo federal na pandemia.
O tom foi de comício mesmo. Wagner reafirmou pré-candidatura ao governo do Estado - inclusive para tirar as dúvidas desta possibilidade -, criticou decretos de isolamento do Governo do Estado na pav ndemia e mirou também os irmãos Ferreira Gomes.
O deputado federal, conforme disse, quer continuidade do projeto nacional de Bolsonaro e cumprir o que o presidente prometeu na última visita a Juazeiro do Norte no mês passado: "um capitão lá (em Brasília) e outro aqui".
LIGAÇÃO COM AS BASES
A aproximação entre Wagner e Bolsonaro é quase natural. O cearense cresceu politicamente ao liderar policiais militares em um motim em 2012. Bolsonaro tem nos militares a sua principal base de apoio.
Mesmo assim, o desgaste de imagem do presidente com o eleitorado cearense fez Wagner se distanciar ocasionalmente. Na campanha à Prefeitura de Fortaleza, no ano passado, a narrativa do candidato alternou momentos de mostrar proximidade e distanciamento do presidente.
Parece ter chegado ao fim a crise de identidade. Liderar um palanque bolsonarista constitui um momento político cercado de significado para Capitão Wagner.
UM ELEMENTO A MAIS
A ausência de parlamentares cearenses que nasceram do bolsonarismo, como o vereador de Fortaleza Carmelo Neto, que está viajando em lua de mel, e do deputado estadual André Fernandes, que preferiu ir aos atos em São Paulo, deram ainda mais destaque a Capitão Wagner no palanque.
Fonte: DN
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