O dia 8, ou seja, o "day after" foi de uma série de avisos dos oportunos amigos políticos do centrão (ministros e parlamentares) de que a capitalização do movimento do dia anterior foi, de acordo com as regras da macropolítica e macroeconomia que tornam governos insustentáveis, terrivelmente negativa. Para agravar, até uma crise de caminhoneiros bolsonaristas (em protesto contra o STF e o Congresso) ameaçava se consolidar e gerar uma crise de abastecimento no país.
Todo esse cenário fez surgir (ou seria desenterrar?) um sóbrio Michel Temer para liderar o diálogo da pacificação entre os Três Poderes.
Por fim, o país termina a semana mais calmo. Porém, o emocional do presidente não o deixará ficar com um comportamento republicano por muito tempo. Os arroubos voltarão em breve, mas os sensatos já perceberam nitidamente que é tudo cena eleitoreira buscando ter apoio para ir à um eventual segundo turno. Muitos daqueles que se manifestaram pela "pátria" também perceberam que os sinais do presidente foram, ao final, trocados e que não dá para sair as ruas sendo anti-PT e dizer que ele é a única saída confiável para o país.
A melhor definição disso tudo: "O leão virou um gatinho", como assim disse o apático João Dória.
Nem todos que pensam de maneira conservadora, defendem a filosofia cristã e flertam com o liberalismo econômico devem serem taxados de bolsonaristas.
Faltam 14 meses.
Kléber Teixeira Santos - Historiador, Pedagogo, Radialista e Blogueiro.
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