terça-feira, abril 15, 2014

MARINA OFICIALIZA SER A VICE DE CAMPOS

A ex-senadora Marina Silva (PSB) anunciou ontem que será candidata a vice-presidente na chapa de Eduardo Campos (PSB). O anúncio ocorreu em evento realizado em Brasília que serve de palco para o lançamento da pré-campanha da chapa presidencial do PSB.

"Nós estamos aqui para anunciar nossas pré-candidaturas à Presidência da República e eu a sua vice", afirmou Marina, que defendeu um realinhamento político no País. Em um segundo momento, Marina se virou para Eduardo Campos e disse que fazia parte da aliança para unir.

"Estou aqui para me colocar lado a lado, vamos andar pelo Brasil inteiro, afirmar o Brasil que queremos", declarou.

Segundo ela, o quinto partido da aliança será o "povo". "Se ganharmos, a vitória será do quinto partido", emendou. Além do PSB, Rede (ainda informal), constam na aliança o PPS e PPL, apoios que ela agradeceu.

No evento, o presidenciável do PSB afirmou que o Brasil precisa corrigir sua trajetória. "O Brasil, mais que um gerente, quer uma liderança que construa o diálogo, que respeite os diferentes, que não reduza o Brasil a um partido, que não amesquinhe o Brasil", declarou. Campos disse ainda que o Brasil cresceu até 2010, mas que essa trajetória de crescimento não teve continuidade.

Marina lembrou as dificuldades na tentativa de criar a Rede, cujo registro foi negado pelo Tribunal Superior Eleitoral sob argumento de que as assinaturas foram insuficientes, e que o caminho de se aliar ao PSB "estava o tempo todo na nossa frente".

Religião
No discurso, a ex-senadora também citou o fato de ser evangélica, mas disse que não usará da religião para pedir votos "Vocês sabem que sou uma mulher de fé, mas nunca fiz dos palanques, púlpito", afirmou. Marina aparece até aqui na frente de Campos nas pesquisas de intenção de voto. Até ontem, especulava-se que ela seria a cabeça de chapa também em razão do legado eleitoral de 2010, quando obteve cerca de 20 milhões de votos.

Antes de Marina, representantes do PPS e PPL reforçaram apoio à dupla. Nos discursos da maioria dos participantes, foi defendido o fim da polarização entre o PT e o PSDB. Entre os presentes, além dos principais políticos do PSB, estavam dissidentes do PDT e do PMDB que apoiam Campos, como os senadores Cristovam Buarque (PDT-DF) e Pedro Taques (PDT-MT) e Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE).
FONTE: DN

Nenhum comentário: