domingo, janeiro 24, 2016

CIDADES CANCELAM CARNAVAL. OUTRAS BUSCAM PARCERIAS

A duas semanas do Carnaval, pelo menos 17 prefeituras do Ceará não vão custear a festa com dinheiro público. O recurso economizado, segundo a maioria dos municípios ouvidos pelo O POVO, será empregado em ações de combate à seca, na saúde e para pagamento da folha de servidores. 
A média de gasto com a festa, informam os gestores, é de cerca de R$ 500 mil por município, chegando a dobrar em cidades maiores, como Sobral. Economia total seria de mais de cerca de R$ 9 milhões.
Outras cinco prefeituras ainda estudam se irão cancelar o Carnaval. A reportagem não conseguiu contato com elas (Ubajara, Tianguá, Jijoca de Jericoacoara, Palmácia e Mauriti).
De acordo com o presidente da Associação dos Municípios do Estado do Ceará (Aprece), Expedito José do Nascimento, a tendência é de que mais cidades suspendam a festa nos próximos dias. Essa é a orientação da Aprece aos gestores, à exceção de casos em que, “comprovadamente, os retornos financeiros sejam maiores que os custos”.
Em Granja, afirma o prefeito Romeu Aldigueri (Pros). “Vamos gastar R$ 600 mil, mas entram na cidade mais de R$ 3 milhões. A gente espera 200 mil pessoas em quatro dias”, calcula. 

Crise financeira
Entre os fatores que explicam o cancelamento do Carnaval, gestores citam a queda drástica na arrecadação. Parte deles, porém, garante aporte financeiro em eventos que acontecem tradicionalmente em suas cidades, com incremento na segurança e na estrutura.
É o que deve acontecer em Sobral. Segundo o prefeito Clodoveu de Arruda (PT), o tradicional desfile das escolas de samba da cidade permanece na terça-feira, 9/2, com apoio da prefeitura, que oferece estrutura para a festa. O gasto, diz Arruda, não passaria de R$ 90 mil. 

Em Beberibe, a situação é parecida. De acordo com a secretária do Turismo e Cultura da cidade, Meiridiana Queiroz de Oliveira, todos os anos, na praia do Morro Branco, acontece a “batalha de paredões de som”. A prefeitura irá contribuir com segurança e banheiros químicos.

Mesmo em municípios que não investirão a verba para a realização da festa, acordo público-privado pode garantir o Carnaval.“É uma forma de agradar a população e ainda não gastar”, afirma Raimundo Lopes, secretário de Planejamento de Aracoiaba, município que abriu licitação para aluguel de espaço público para a festa.
A iniciativa é a mesma de Bela Cruz. Lá, a população não pagará ingresso para participar da festa, enquanto a empresa pode lucrar com a venda de bebidas alcoólicas.
Fonte: O Povo.com

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