sábado, janeiro 09, 2016

Até tú Wagner? - MINISTRO BRAÇO DIREITO DE DILMA É ALVO DE GRAVE DENÚNCIA EM DELAÇÃO PREMIADA

Após um final de ano em que deixou de respirar por aparelhos, o Palácio do Planalto sentiu o baque de ver alvejado seu principal ministro, símbolo da esperança de renascimento do governo em 2016. A exposição do chefe da Casa Civil, espécie de rainha no tabuleiro de xadrez do governo, deixa a presidente Dilma Rousseff ainda mais vulnerável. Um tiro nele pode ser decisivo para um xeque-mate na petista.

O ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró afirmou à Procuradoria-Geral da República que a campanha ao governo da Bahia de 2006 do atual ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, recebeu dinheiro de propina de uma obra da estatal em Salvador.
A assessoria da Casa Civil informou ao G1 que o ministro não irá se manifestar sobre o assunto, pois não conhece a íntegra do depoimento e que ele está à disposição das autoridades.
A afirmação faz parte de um documento em que Cerveró elencou fatos que pretendia revelar antes de fechar o acordo de delação. Ele confirmou posteriormente as informações nos depoimentos de delação premiada prestados.
O conteúdo foi apreendido em novembro de 2015 no gabinete do senador Delcídio do Amaral (PT), durante a deflagração da Operação Politeia, e divulgados nesta sexta (8) pelo jornal Valor Econômico. 
Sob o título “Jaques Wagner x Gabrielli”, Cerveró diz que “na campanha para o governo da Bahia, em 2006, houve um grande aporte de recursos para o candidato do PT, Jaques Wagner, dirigida por Gabrielli”.
Segundo o delator, o então presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli decidiu realocar a parte operacional da estatal para Salvador “sem haver nenhuma justificativa, pois havia espaço para a referida área no Rio de Janeiro”. Cerveró diz que foi construído um prédio na Bahia, onde atualmente funciona o setor financeiro da estatal.
O ex-diretor diz que era de conhecimento entre os diretores da Petrobras de que, na construção do prédio, houve o pagamento de propina para a campanha de Jaques Wagner, que acabou eleito em segundo turno. Cerveró disse que não sabe qual empreiteira construiu o prédio, mas que acredita que foi a própria construtora que repassou a doação para a campanha.
Além disso, o ex-diretor afirmou também que a campanha de Jaques Wagner recebeu recursos de operações de trading controladas por Gabrielli e por José Eduardo Dutra, que também presidiu a estatal e morreu em outubro de 2015.
O ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli disse que nunca teve conhecimento de uso de dinheiro ilegal nas campanhas de Jaques Wagner. Ele acredita que as declarações de Cerveró tiveram como base informações de terceiros, que são falsas. Segundo ele, a transferência de parte do setor financeiro da Petrobras para Salvador reduziu os custos da estatal.
Gabrielli também afirmou que há uma confusão entre a sede da Petrobras em Salvador e o local onde estão concentradas as operações financeiras da empresa. Segundo o ex-presidente, a sede da empresa foi inaugurada em 2015, quando ele não estava mais no comando da empresa.
A defesa de Cerveró afirmou que não pode se pronunciar sobre as declarações do ex-diretor, pois os depoimentos dele ainda correm sob sigilo.
Com informações do G1

Um comentário:

Anônimo disse...

EU TÓ PROCURANDO UMA NOVIDADE, ISSO É SÓ BALELA.